Como recurso fundamental para a vida, a água constitui uma grande preocupação para governantes, gestores e sociedade em geral. Com isso, são fundamentais mecanismos de monitoramento e regulação da qualidade da água que é distribuída para a população.

A adição de cloro, processo conhecido como cloração, é uma importante etapa do tratamento da água para torná-la apta ao consumo humano, eliminando microrganismos e impurezas prejudiciais à saúde.

Quando empregado em concentrações adequadas, o cloro não é prejudicial à saúde humana e tem ação eficaz na proteção do sistema de distribuição de água.

Por que desinfetar a água?

É através dos processos de desinfecção da água que organismos indesejáveis e propagadores de doenças são destruídos ou ficam inativos. Esses pequenos seres têm a capacidade de sobreviver na água por dezenas de semanas, em temperaturas próximas a 21 °C, e até por diversos meses, no caso de climas frios.

Há muitas formas de desinfetar a água, por exemplo:

• Aplicação de calor;
• Compostos alcalinos;
• Oxidantes como ozônio.

Cloração é o mais antigo método e o mais popular, por conta da fácil oferta, baixo custo e ação residual.

Um pouco de história

Desinfecção da água é uma prática que data de milênios. Historiadores apontam que ela surgiu como uma tentativa de controle de transmissão de doenças por meio de odores, uma crença comum na época.

Até 1902, o cloro era utilizado apenas em casos de epidemias. A partir de 1908, começou a ser empregado de forma contínua, em pequenas quantidades. E, entre 1918 e 1928, teve seu uso expandido na versão líquida.

Efeitos do cloro na água

A adoção do cloro no tratamento da água tem como objetivo exterminar quaisquer microrganismos transmissores de doenças. É importante destacar que o processo não elimina microrganismos não-patogênicos, que podem ser encontrados na rede de distribuição.

A legislação brasileira, através da Portaria Nº 2.914/2011, estabelece parâmetros para garantir o padrão de potabilidade da água, bem como limites mínimos e máximos da presença de cloro.

De acordo com a portaria, é obrigatória a manutenção de pelo menos 0,2 mg/L de cloro residual livre em todo o sistema de distribuição. Por outro lado, o teor máximo em qualquer ponto do sistema deve ser de 2 mg/L.

Riscos do excesso de cloro na água

A Organização Mundial da Saúde considera o cloro um componente relevante para o tratamento de água, mas alerta para seus riscos, caso sejam ultrapassados os volumes seguros.

O excesso de cloro pode causar:

• Intoxicações;
• Inflamações na pele;
• Produção de radicais livres cancerígenos no organismo;
• Problemas nas artérias e vias urinárias.

Pesquisas também apontam que a interação entre cloro e água resulta na formação de trihalometanos, compostos formados por átomos de carbono, hidrogênio e halogênio, considerados cancerígenos.

Benefícios da água purificada

Um processo eficaz de purificação é um grande aliado para assegurar o consumo de água de qualidade. A purificação retém 99% do cloro existente na água, eliminando germes e bactérias que não foram destruídas pela cloração.

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